Para quem trabalha no varejo, tanto com lojas físicas quanto com e-commerce, ter um bom controle de estoque é fundamental. Afinal, sem saber quantos e quais produtos possui, fica difícil saber o que oferecer para o cliente ou mesmo planejar promoções e o faturamento.
Apesar de ser uma função muito importante para a gestão da empresa, muitos empreendedores não sabem como realizar o controle de estoque e acabam deixando oportunidades importantes passarem.
Para te ajudar a evitar problemas e otimizar seus resultados, acompanhe neste artigo algumas dicas para executar esta atividade no seu negócio.
O que é controle de estoque
O controle de estoque envolve uma série de tarefas, da entrada no galpão da empresa até a venda para o cliente. Assim, é o processo que administra a entrada e saída de mercadorias, entendendo a melhor forma de armazená-las, qual o melhor período para compra e que itens possuem mais ou menos venda.
O ideal é que toda a empresa tenha acesso ao controle de estoque, para acompanhar as movimentações de produtos, gerando assim mais previsibilidade em todos os setores, como marketing, financeiro e logística.
Isso porque, ao entender a movimentação das peças, é mais fácil planejar campanhas de vendas, controlar o caixa da companhia e até programar as entregas e envio das mercadorias.
Importância da gestão de estoque
Um bom controle de estoque é um dos pilares de empresas bem-sucedidas, pois permite a venda de produtos com mais qualidade, garante que os prazos de entrega serão cumpridos e que nenhum item ficará em falta, prejudicando o andamento da companhia.
Além disso, ao entender como o estoque se movimenta, o empreendedor saberá em que peças investir, para que seu dinheiro renda mais. Afinal, estoque parado é dinheiro parado – e pode gerar grandes prejuízos se não for vendido a tempo, como no caso de produtos perecíveis.
Outro ponto é poder potencializar a margem de lucro, investindo em itens que possuem maior procura pelo público, além de poder planejar melhor a produção ou compra destas mercadorias.
A satisfação do cliente também está diretamente ligada à gestão do estoque, porque se algum produto for vendido sem que haja a mercadoria armazenada, a entrega será feita com atraso (ou não ocorrerá) e a experiência do consumidor ficará prejudicada.
Em um mercado competitivo, essa é uma falha que não pode acontecer com negócios que querem se destacar.
Tipos de controle de estoque
Existem diversos modelos de controle de estoque e cada empresa deve avaliar o que faz mais sentido para seu negócio, de acordo com os itens vendidos. Lembrando que este controle não diz respeito apenas ao armazenamento em um depósito, mas também à gestão dos itens, para entender a relação de entrada e saída de cada produto.
Qualquer que seja a escolha, é fundamental contar com um bom sistema de gestão, para garantir que os números no computador batam com a quantidade conferida no estoque físico.
Dito isso, vejamos alguns modelos de gestão de estoque:
FIFO ou PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair)
Este método é muito indicado para produtos perecíveis, evitando seu envelhecimento e vencimento. Nele, os produtos mais antigos (que entraram primeiro) devem ser os primeiros a sair do estoque quando uma venda é feita.
Para isso, vale a pena organizar o estoque considerando a ordem de chegada e manter um controle adequado do momento de entrada no armazém.
LIFO ou UEPS (Último a Entrar, Último a Sair)
Ao contrário do anterior, neste modelo os itens que entraram por último no estoque devem ser os primeiros a sair. É indicado para artigos mais valiosos, já que seu preço reflete o valor de mercado atual.
É uma maneira de reduzir perdas financeiras, caso haja variação nos preços dos produtos.
Just In Time
Este método visa minimizar os produtos armazenados em estoque, o que ajuda a reduzir custos de produção e depósito. Com ele, os itens são comprados ou produzidos de acordo com a demanda.
É uma forma eficiente de gerenciar estoques, mas exige um sistema de gestão muito preciso, pois é necessário entender a previsão de demanda para preparar a empresa para as vendas.
Curva ABC
Neste modelo, alguns fatores precisam ser considerados para a gestão do estoque: faturamento, giro de estoque e lucratividade. A relação entre estes aspectos deve indicar quais produtos geram mais valor para a empresa – e é a partir disso que o estoque será organizado.
A análise dos produtos deve gerar um gráfico com esta lógica:
- A: 20% dos itens representam 80% do valor gerado para a empresa;
- B: 30% das mercadorias representam 15% do valor gerado;
- C: 50% dos produtos representam 5% do valor gerado.
Esta curva pode mudar com o tempo, por isso é importante acompanhar de perto os dados, para investir no que gera mais valor naquele momento. Com este método, a empresa pode ter dezenas de produtos à venda, mas saberá quais são os carros-chefe de vendas e valor.
Dicas para uma boa gestão de estoque
Realizar um bom controle de estoque pode ser um grande desafio para operações mais robustas, em que são muitos produtos a gerenciar, ou para empresas menores, que nem sempre possuem processos bem definidos no dia a dia.
De qualquer maneira, separamos algumas dicas, que podem ser aplicadas em qualquer modelo de negócio, para auxiliar a fazer uma boa gestão de estoque e ter melhores resultados na empresa.
1. Deixe o local do estoque organizado
Se você não organizar o estoque, é muito provável que, na hora de separar os pedidos dos clientes, o processo leve muito mais tempo do que o necessário. Em épocas de grande movimento, como Black Friday e Natal, isso pode se tornar um sério problema.
Outro ponto é que, sem organização, é mais fácil haver perdas e quebras no estoque. Imagine que uma empresa trabalhe com roupas delicadas e deixe a mercadoria em uma área úmida e sem proteção, a chance de que as peças estraguem é enorme.
Por isso, observe se algum produto demanda armazenamento especial e providencie o que for preciso para organizá-lo. Veja também as peças que têm mais saída e procure deixá-las sempre à mão, para agilizar o envio para o cliente.
2. Tenha um controle das peças no estoque
Sem saber o que entra ou sai do estoque, é complicado analisar sua real situação. Assim, invista em um sistema que te ajude a controlar a movimentação dos produtos e acompanhe de perto sua atividade.
Com essa análise, você identificará que itens possuem mais saída e poderá focar neles em compras futuras. O oposto também é verdadeiro: ao observar que alguma mercadoria está há muito tempo parada, faça promoções para ajudar a limpar o estoque.
Lembre que produto parado é dinheiro parado – e isso você não quer, certo?
3. Planeje períodos para compras
Para evitar gastos desnecessários e até a perda de produtos ou matéria-prima, programe épocas para realizar as compras. É uma forma de otimizar seus custos, porque você saberá quando precisará investir mais recursos e poderá até negociar melhores valores com os fornecedores.
Também facilita para a organização do estoque, já que existe uma previsibilidade de novas remessas chegando ao armazém.
É claro que imprevistos podem acontecer, como aumento inesperado nas vendas de algum item, mas o ideal é tentar mapear (com os recursos que já comentamos) as movimentações de produtos, para não ser pego desprevenido.
Atenda seu cliente com mais qualidade
No fim, a gestão do estoque é uma forma de oferecer uma experiência positiva e marcante para seu público. Afinal, ninguém gosta de comprar um produto e ter problemas com ele, sendo que muitas coisas podem ser evitadas.
O controle do estoque também ajuda a impulsionar as vendas da empresa, pois é possível saber que itens possuem maior saída, de modo a investir nestas mercadorias. E tudo isso gera mais lucro para os negócios, que é o objetivo de todo empreendedor: poder crescer e manter suas operações.
Para complementar a experiência do cliente na compra, você pode informá-lo sobre cada etapa, como aprovação do pagamento, separação do pedido, envio do código de rastreio e movimentação na entrega.
A maneira mais prática de fazer isso é enviando as notificações por Whatsapp, uma ferramenta que o brasileiro usa cada vez mais e é muito simples de implementar, por parte da empresa.
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